Agências da CGD <br>fazem falta às populações

O anúncio do en­cer­ra­mento de agên­cias da Caixa Geral de De­pó­sitos (CGD) está a levar as po­pu­la­ções a pro­testar em vá­rios pontos do País. Ac­ções de luta or­ga­ni­zadas por ór­gãos au­tár­quicos e co­mis­sões de utentes, mas também pelo PCP e pela CDU, en­vol­vendo muitos mi­lhares de pes­soas, ti­veram já lugar, nos úl­timos dias, entre ou­tras lo­ca­li­dades, em Canha (Mon­tijo), La­vradio (Bar­reiro), So­breda (Al­mada), Tei­xoso (Co­vilhã) e Al­meida (Guarda).

No Fa­ra­lhão (Se­túbal), onde teve lugar no dia 11 uma con­cen­tração com vá­rias cen­tenas de pes­soas, a su­cursal da CGD já não vai en­cerrar amanhã, 31 de Março. A Junta de Fre­guesia do Sado sa­li­enta que com «a luta foi pos­sível re­verter o fecho da CGD do Fa­ra­lhão no ano de 2017» e apela à união de todos para ga­rantir que a agência se man­tenha aberta para além deste ano.

Em co­mu­ni­cado, a Co­missão de Fre­guesia do Sado do PCP des­taca que «o de­sen­vol­vi­mento da CGD ao ser­viço do povo e do País cor­res­ponde a uma ne­ces­si­dade es­tra­té­gica que não pode nem deve ser ali­e­nada». «É ina­cei­tável que a pre­texto da res­tru­tu­ração e da ne­ces­si­dade de re­ca­pi­ta­li­zação da CGD se aponte para a sua pri­va­ti­zação par­cial, des­pe­di­mentos, en­cer­ra­mento de de­le­ga­ções e des­va­lo­ri­zação do papel do banco pú­blico», re­ferem os co­mu­nistas, de­fen­dendo que se man­tenha «o con­trolo pú­blico da CGD e a sua co­lo­cação ao ser­viço do de­sen­vol­vi­mento na­ci­onal, re­gi­onal e local, para ga­rantir a de­fesa dos in­te­resses dos tra­ba­lha­dores, do povo e do País».

Re­tro­cesso

Entre muitos ou­tros, está pre­visto o en­cer­ra­mento do balcão da CGD em Co­lares, uma fre­guesia no con­celho de Sintra com uma po­pu­lação de perto de oito mil ha­bi­tantes. Para a CDU, o fim deste ser­viço ban­cário cons­titui um «grave re­tro­cesso no pro­cesso de des­cen­tra­li­zação e pro­xi­mi­dade dos ser­viços do Es­tado por­tu­guês às suas po­pu­la­ções», não sendo ad­mis­sível que a CGD não se com­porte «como um banco pri­vado». «O en­cer­ra­mento desta agência pe­na­liza a po­pu­lação da fre­guesia de Co­lares e muitas micro e pe­quenas em­presas que aí de­sen­volvem a sua ac­ti­vi­dade», su­blinha a Co­li­gação PCP-PEV, aler­tando que «também a po­pu­lação idosa será al­ta­mente pre­ju­di­cada».




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